Na segunda-feira, na cidade de Fortaleza-Brasil, teve início o encontro “Um desafio compartilhado: América Latina e Caribe sem trabalho infantil em 2025”, encontro em que se reuniram Ministérios do Trabalho de 25 países e Ministérios da Educação de 16, a fim de identificar ações que lhes permitam fortalecer uma resposta conjunta efetiva para avançar na redução do trabalho infantil e promover o emprego protegido dos adolescentes.

O painel de abertura foi presidido pelo Ponto Focal da Jamaica e Porta-voz da Iniciativa Regional, Marva Pringle-Ximinnies; o Diretor da OIT-Brasil, Peter Poschen; a Vice-Ministra de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho do Brasil, María Teresa Jensen; a Ministra da Ação Social do Ministério do Desenvolvimento Social do Brasil, María do Carmo; e a Vice-Governadora do Estado do Ceará, María Izolda Cela de Arruda Coelho. 

Desde 2000, 7,5 milhões de crianças e adolescentes deixaram de trabalhar na região, resultado do trabalho conjunto de diferentes setores do governo, empregadores, sindicatos e organizações não governamentais, com o apoio da Cooperação Internacional. No entanto, 12,5 milhões de menores, principalmente em situação de pobreza, realizam diariamente atividades perigosas, em contextos de informalidade.

Embora o trabalho infantil seja um problema em si, representa acima de tudo um obstáculo ao exercício de direitos como o acesso e uso da educação, o uso criativo do tempo livre, a proteção da família e da comunidade e a aquisição de habilidades e capacidades para uma juventude produtiva e uma vida adulta.

Segundo estudos da OIT realizados nos últimos anos, o trabalho infantil prematuro e a evasão escolar, especialmente no nível secundário, dificultam a transição dos jovens para o mercado de trabalho e reduzem o seu nível de escolaridade, limitando as suas oportunidades de acesso à educação. sua vida adulta, aumentando sua vulnerabilidade e a de suas famílias.

Sobre a Iniciativa Regional América Latina e Caribe Livre do Trabalho Infantil

Assinado oficialmente em outubro de 2014, é uma plataforma de cooperação intergovernamental de 27 países da região, com a participação ativa de organizações de empregadores e de trabalhadores, com o objetivo de acompanhar a primeira geração livre de trabalho infantil até 2025, em consonância com meta 8.7 da Agenda para o Desenvolvimento Sustentável 2030, que visa erradicar o trabalho infantil.