Acabar com o trabalho infantil contribui para o desenvolvimento da Amazônia

05 de abril de 2017

Mais de 200 pessoas, entre representantes de governos, acadêmicos, organizações e lideranças indígenas, debateram sobre o desenvolvimento da Amazônia

De 27 a 31 de março, no Brasil, foi realizado o Seminário Pan-Amazônico de Proteção Social, organizado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), Banco Mundial e UNESCO. O objetivo deste evento foi reunir representantes de países do bloco amazônico para trocar experiências e conhecimentos sobre proteção social na região e encontrar uma resposta aos desafios para o desenvolvimento das comunidades amazônicas, incluindo a prevenção e erradicação do trabalho infantil. Os países que compareceram foram Brasil, Colômbia, Equador, Guiana e Peru.

     Características da Amazônia:

  • Populações indígenas diversificadas e multiculturais
  • Áreas de difícil acesso com alta dispersão
  • Necessidade de serviços de proteção social adaptados ao tipo de território e a uma determinada realidade socioeconômica 

O painel “Proteção de crianças e adolescentes na Amazônia” contou com a participação de María Olave, funcionária da OIT e da Secretaria Técnica da  Iniciativa Regional América Latina e Caribe Livre do Trabalho Infantil (RI) , que destacou que prevenir o trabalho infantil na região ajudará no desenvolvimento da Amazônia e de suas comunidades. Para isso, foi mencionado que o primeiro passo para qualquer intervenção é o reconhecimento e a compreensão da situação socioeconômica das famílias e das características do trabalho infantil na Amazônia.

Segundo a Secretaria Técnica do RI, crianças e adolescentes que vivem na Amazônia estão mais expostos ao trabalho infantil nocivo e suas piores formas. Além disso, sua participação no trabalho familiar não remunerado é aceita por muitas culturas, no entanto, isso pode expô-los a perigos, separá-los do sistema educacional e prejudicar seu desenvolvimento social e econômico ideal. Além disso, deve-se destacar que na Amazônia existem casos que vinculam a migração irregular de crianças e adolescentes ao trabalho infantil e que muitas vezes são invisíveis às autoridades.

Por isso, o IR considera fundamental a participação e o envolvimento das comunidades amazônicas e a inclusão de uma abordagem intercultural na construção de estratégias e ações de prevenção e erradicação do trabalho infantil e o desenvolvimento da Amazônia. Da mesma forma, indica que para uma resposta efetiva é necessário identificar as crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil e, também, aqueles que estão em situação de risco.

Dessa forma, o seminário possibilitou ampliar, por meio do diálogo entre governos e movimentos sociais, o conhecimento e a visão sobre a realidade amazônica e suas demandas, bem como sobre o trabalho infantil na região. Isso ajudará a melhorar os serviços públicos e adaptá-los às particularidades das áreas para alcançar o desenvolvimento esperado.

Para saber mais sobre o Seminário Panamazônico de Proteção Social, acesse:  http://www.mds.gov.br/seminario-pan-amazonico-de-proteccion-social/

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